Que manto cinza e lúgubre
Vestem as coisas belas
Em se afastando sua beleza insigne
Da natureza imperiosa...
O rouxinol roufenha
As arvores fenecem
As flores murcham
O riacho empesta, o vento enfurece
As vagas esbatem-se furiosas
No granito álgido.
O bem supremo, desvirtua-se funesto
Não tendo a rainha dos encantos
Que equilibra as estações e a vida
Rege a bonança e sustém a sabedoria...
Toca, oh bardo! A sua lira dolorosa
Verte o aljôfar lânguido e premente
Palpita-lhe o peito opresso
Cortando a imensidão os seus ais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário